Ingredientes (6 pax)
2 kg espinhaço
2 kg batata
1 cebola picada fininho
3 dentes de alho esmagados
4 tomates
sal e pimenta
folhinhas de manjerona e limão
Preparo: Cortar o espinhaço nas juntas e temperá-lo com sal, pimenta e limão e fritá-lo em banha bem quente. Quando estiver bem frito acrescentar cebola, o alho, os tomates e a manjerona, misturando bem. Adicionar um pouquinho de água para não grudar e, quando ferver colocar as batatas cortadas em cubos grandes. Colocar água suficiente para cobrir as batatas, tampar a panela e cozinhar uns dez minutos. Verificar o sal, acrescentando mais se necessário e cozinhar por mais 30 minutos aproximadamente. Podem-se trocar as batatas por aipim.
Ingredientes (12 pax)
1
kg de lombo salgado
1 kg de patinho salgado
250 g de charque
700 g de lombo
700 g de patinho
250 g de calabresa
250 g de lingüiça tipo portuguesa
250 g de bacon
1 kg grão-de-bico
½ kg de batatas
3 cebolas picadas
4 dentes de alho
sal e espigas de milho
pimenta
3 folhas de loro
Deixe estas carnes salgadas picadas de molho na água de um dia para o outro.
Modo de fazer: Em uma panela de ferro frite o bacon, a cebola e o alho. Coloque as carnes salgadas, água até cobrir e cozinhe por 10 minutos. Acrescente a costela defumada e o loro, e deixe cozinhar mais 20 minutos. Retire o lombo e coloque as carnes verdes, o lombo e o patinho. Acrescente sal, pimenta, mais água para o cozimento. 10 minutos depois coloque as lingüiças. Cozinhe por mais 10 minutos. Tire toda a carne da panela e cozinhe o grão de bico até amolecer, uns 20 minutos, junte as batatas descascadas e picadas em 4, cozinhe até amolecer. Junte na panela novamente todas as carnes e coloque mais um pouco de água e deixe ferver. Sirva com arroz branco e salada verde.
Mas, carreteiro numa página churrasco? O que tem a ver? Tudo!
Primeiro: o Arroz de Carreteiro é tão típico como o churrasco. Qualquer gaúcho que se preze conhece aprecia um carreteiro autêntico e bem feito. Segundo: que o carreteiro é comum com refeição para grupos maiores e comemorações em geral e para finalizar pode-se fazer um ótimo carreteiro com sobras de churrasco. A origem do arroz de carreteiro é simples como o seu preparo. Os peões que levavam as tropas de gado usavam o charque (carne salgada) em suas idas e vindas, como alimento não perecível, e junto com o arroz abundante na região sul, preparavam essa refeição tradicional.
Claro que nas estâncias o arroz com charque era também prato usual, pela sua simplicidade e sabor. O charque foi um dos propulsores da economia gaúcha do fim do século 19, da região sul do Rio Grande. O gado vinha do interior para as charqueadas que ficavam à beira do arroio Pelotas, onde eram abatidos e salgados, para então serem transportados em navios que saiam do porto de Rio Grande, para o norte do país e Europa.
As cidades de Pelotas e Rio Grande mostram até hoje, casarões, teatros e monumentos, além da cultura, que foram trazidos com o intercâmbio do charque.
Não existe "a receita" de carreteiro, pois assim como o churrasco, cada um prepara o arroz com charque de maneira própria. E todos acham que o seu carreteiro é melhor, até porque não conhecem o meu!. A simplicidade é a tônica principal, muito tempero, legumes, enfeites e outros aditivos descaracterizam esse prato básico da culinária campeira. O melhor charque é o fresco (verde) e produzido com carne de primeira, apesar de que o charque feito duma costela gorda de novilho é especial.
Ingredientes (4 pessoas)
½ kg de charque
250 g de arroz agulhinha
2 cebolas
1 dente de alho e salsa
Preparo: Corte o charque em cubinhos e deixe de molho na água de um dia para outro, ou por 1 hora em água bem quente. Jogue fora a água que deve ter absorvido boa parte do sal e reidratado a carne. Em uma boa panela de ferro (fundamental) frite o charque em sua própria gordura, se for magro junte um pouco de óleo. Acrescente a cebola picada e o alho esmagado e refogue bem. Junte o arroz (eu não lavo), mexa bem e deixe tomar o gosto dos ingredientes. Acrescente água fervente que cubra um dedo gordo acima do arroz. Misture com a colher de pau, baixe o fogo e tampe. O arroz de carreteiro se come bem molhadinho, por isso se no fim do cozimento estiver seco, acrescente mais água quente e tampe a panela, com o fogo desligado para terminar de cozer no próprio calor. Sirva na própria panela com salsa picadinha por cima.
Variações: Se o charque for muito magro, alguns pedaços de toucinho vão suprir essa falta. É comum se acrescentar batatas picadas ao carreteiro, para tirar um pouco do sal e para fazer uma refeição mais completa. - Além da salsa picada, pode-se enfeitar o dito cujo com ovo cozido picado.
Experimente outra forma de preparar (sem entrar nos detalhes):
a) Retirar o sal para não perder parte do gosto do charque, ao invés de deixar de molho e depois aferventar, fazer o seguinte: colocar no fogo com o dobro do volume de água e, quando levantar a fervura, retirar do fogo e colocar mais sal (mais ou menos 1 colher de sopa bem cheia, para cada 100 g de charque), mexer e deixar repousar por mais ou menos 15 minutos e depois escorrer bem toda a água;
b) não fritar o charque, porque desidrata e resseca. Após a retirada do sal, colocar novamente para ferver, com a quantidade de água que estima que será necessária para cozinhar o arroz. Deixar fervendo, com as seguintes vantagens: amaciar o charque e largar o gosto na água que cozinhará o arroz, deixando o mesmo mais saboroso;
c) Enquanto cozinha o charque, fritar cebola; após a mesma estar bem frita colocar o arroz a fritar, com alho picado (3 dentes para cada 100g de arroz); considerado bem frito e o charque amaciado, despejar o charque com a água, no arroz.
Garanto 2 coisas: não ficará salgado e o arroz ficará mais saboroso; experimenta e me diz.
O Puchero é o prato típico das tradicionais correntinas, muito apreciado pela gauchada fronteiriça após as lides campeiras. Já
ouvi alguém confundir o puchero com o brodo serrano. Tem diferença.
Ingredientes (12 pax)
3 kg de carne de peito
1 rabada
1 kg de linguiça
1 kg de batata doce
1 kg de batata inglesa
1 kg de aipim
6 espigas de milho
2 couve-flor
1 kg de abóbora
1 molho de cenoura
1 molho de nabo
5 chuchus
1 repolho grande
3 molhos de couve
6 tomates sem pele
2 pimentões
6 cebolas
2 molhos de tempero verde
4 pimentas verdes
1 kg de farinha de mandioca
Preparo: Ponha uma panela grande ao fogo (de preferência num fogo-de-chão), com água pela metade; 3 colheres (das de sopa) de sal; as cebolas, os tomates, os pimentões cortados em 4 pedaços, as pimentas verdes cortadas ao meio. Deixe levantar fervura. Corte a carne de peito em partes, a rabada na junta e a linguiça em pedaços de mais ou menos três dedos. Coloque a batata doce, se for grande cortada em 4 pedaços, se for pequena em 2; a cenoura cortada em 2 pedaços; o milho verde quebrado em dois; o nabo cortado ao meio; o chuchu cortado em 4 e o aipim em pedaços de mais ou menos 4 dedos.
Deixe fervendo por mais 20 minutos e coloque a abóbora em pedaços médios e a batata inglesa cortada ao meio. Tenha à mão 3 bacias ou formas onde colocará os ingredientes que deverão ser retirados assim que ficarem prontos.
As carnes, os legumes e as verduras, separadas em cada recipiente. Por último, coloque a couve-flor sem o talo, porém não muito desfeita, o repolho desfolhado. Verifique e corrija o sal sempre que necessário. Quando estiver tudo cozido, retire a panela do fogo e vá colocando a farinha de mandioca lentamente, mexendo sempre, até conseguir um pirão no ponto médio, mais para o duro.
Esquente os recipientes e sirva em pratos separados. Está armada a competição para ver quem come mais. O puchero, um detalhe, entra muito bem assim depois de uma churrascada, quando ninguém mais quer saber de carne. Esta receita é para 12 pessoas, isso se ninguém se distrair e perder a vez.
Gastronomia Separatista de Aninha Comas e J. A. Pinheiro Machado
Ingredientes (6 pax)
1 kg de abóbora
50 g de manteiga
1 pitada de açúcar
1 pitada de sal
salsa picada
Preparo: Cortar a abóbora em cubos e cozinhar em fogo médio com água suficiente para cobrir os pedaços. Cozinhar até desmanchar, adicionar então a manteiga e mexendo bem até virar um creme. Adicionar o sal e o açúcar, salpicar coma salsa e servir bem quente.
Anotações: Este prato é um excepcional acompanhamento a um carreteiro, arroz com miúdos e outros pratos fortes.
Gastronomia Separatista de Aninha Comas e J. A. Pinheiro Machado
Ingredientes (4 pax)
½ kg de charque picado
1 xícara de cebola picada
4 dentes de alho picados
2 colheres sopa de purê de tomate
Pimenta
sal e tempero verde
1 maço de couve em tiras finas
Preparo: Lavar bem o charque picadinho, deixando de molho de um dia para o outro. Deixar escorrer e fritar numa panela de ferro bem quente, usando a própria gordura do charque. Quando estiver dourado, acrescentar a cebola, o alho, o tomate, a pimenta e o sal. Muito cuidado com o sal! Refogar bem, adicionar a seguir água quente que cubra o charque, e deixar cozinhar por cerca de 20 minutos. Se o charque estiver muito duro, ponha mais água para terminar o cozimento. No fim acrescentar a couve, misturando bem. Não deixe a couve cozinhar muito. Polvilhe com o tempero verde picado e sirva com arroz Tio João. Pode-se variar essa receita trocando a couve por abóbora, batata, mandioca ou outro ingrediente de seu agrado.
Este roteiro, para umas 15 pessoas inclui beliscativos, receitas de saladas, escolha dos tipos de carne, preparo, fogo, salga,
seqüência e cuidados. Tudo detalhado. Veja como é barbada fazer um churrasco de primeira:
Azeitona temperada - Em um pote com tampa coloque 300 g de azeitona preta chilena, metade da água, meio copo de azeite de oliva, uma colher de sopa de orégano, e um dente de alho esmagado ou micro picadinho. Misture tudo e deixe curtir na geladeira de um dia para o outro.
Queijo Esperto - Corte umas 400 g de queijo de minas em cubinhos. Tempere com sal, Tabasco (molho de pimenta) ou molho inglês, azeite de oliva e cebolinha picadinha ou manjericão. Misture com carinho e sirva ao palito.
Pão de Assador - Calcule um pãozinho per capita, abra ao meio sem separar, passe uma mistura de manteiga, alho esmagado e óregano. Coloque numa grelha dupla, pincele com o resto da manteiga temperada e leve ao fogo por alguns minutos. Esse pão tem um senão, fica tão bom que se não segurar a turma vai matar a fome com ele.
Salada à minha moda: Corte uns 12 tomates bonitos e maduros, em gomos, coloque em uma travessa e tempere com 2 colheres bem cheias de maionese, orégano, um pouco de azeite e sal, misture e deixe "caldear" por uns 20 min. na geladeira.
Cebola no espeto - Espete algumas cebolas médias, com a casca, mas sem a raiz. Coloque no fogo e vá virando sempre. Quando amaciar, retire do fogo, tire as cascas, corte em gomos e tempere com sal, bastante azeite e orégano.
Ingredientes:
2 kg de linguiça
4 kg de costela de novilho
3 maminhas de 1 ½ kg
1 saco de carvão de 5 kg
sal grosso ou médio
farinha de mandioca
Preparo: Espete as linguiças ou coloque em grelha dupla. Peça para o açougueiro cortar a costela em tiras de 8 a 10 cm de largura prefira a parte central da costela (janela), espete em espetos simples. As maminhas podem ir para a grelha. Às vezes eu tiro um triangulo da parte mais larga da maminha, para ela ficar com jeito de lombo de porco e asso espetada. As aparas uso para fazer um tipo de xixo, para aperitivo, entremeado com cebola e pimentão. Acenda o fogo quando chegar o primeiro parceiro, para não correr o risco de aprontar a carne antes do povo chegar.
Fogo pronto e parelho coloque as linguiças mais em baixo e as costelas no alto. Asse as costelas com o osso para baixo. Deixe os ossos branquearem e, então vire a graxa para o fogo. Se for muito larga deixe assar de lado. Deixe as carnes pegarem cor e calor antes de salgar: tire do fogo e espalhe - sem exagero - sal grosso ou médio por toda a carne. Volte ao fogo e deixe branquear o sal. Nunca deixe a carne salgada antes de botar no fogo, é carne dura e seca na certa!
É hora do uisquinho, cachacinha ou caipira, senão cerveja "mofada". Cuidado com o excesso de beliscativos, senão o índio se apronta antes do churrasco. Quando a linguiça estiver dourada coloque o pão para servir junto. Dê um tempo pro pessoal conversar, tomar mais uma, e ficar com fome de novo antes de tirar mais carne. Vá servindo aos poucos, na taboa, para não esfriar, corte (com uma faca boa e afiada) pedaços pequenos ou médios, nada de tracanaços que são difíceis de cortar e que esfriam rápido.
Evite a farinha de mandioca na taboa, use um prato fundo do lado da mesma. Intercale as bem passadas (solas) com as ao ponto
(com caldo), para não haver resmungação.
Costela tem de ser bem passada, a maminha deve ser cortada quando está rosada e com caldo. Experimente passar um naco de pão na taboa e colocar uma cebolinha
temperada.
Se a carne estiver "meio firmezita" corte em fatias bem finas, para facilitar a mastigação e minimizar a sacanagem do açougueiro. Cuide do assado até o fim, mantendo as carnes quentes e
sem ressecar. Recomenda-se deixar um pedaço para o tarde, pois depois das saideiras sempre dá uma fominha...
- Não ficar mexendo no fogo. Mexa sempre na carne, levantando, baixando etc. Se faltar fogo, coloque alguns pedaços de carvão, com cuidado, por cima do braseiro, sem polvadeira.
- Deixe a carne aquecer bem antes de salgar. Retire a carne do fogo e espalhe o sal por cima. Só uma vez, a carne quente absorve bem o sal sem ressecar! Se ficar com excesso, bata a carne antes de servir.
Fogo de chão - o autêntico, tradicional e primário. Deve ser feito com lenha e muita paciência e prática. A principal vantagem da carne assada dessa maneira é a de não ter a fumaça gerada pelo pingar da graxa, nas brasas. O sabor é outro!
Tanque de Tijolos - para médios e
grandes churrascos. Fácil de fazer. Para quebrar galho em churrascos maiores nem precisa de cimento.
Meio Tonel - numa armação de ferro, proporciona uma churrasqueira ótima para todos os
tipos de assado. É a churrasqueira de camping aumentada para se fazer um autêntico assado. Muito prática, pois pode ser mudada de lugar, no caso de ventos e de chuviscos
inesperados.
A tradicional churrasqueira de Parede é a rainha das garagens gaúchas. Difícil é achar alguma onde a relação: tamanho da boca x profundidade x altura do fogo x apoio de espetos, seja adequada. Diz uma regra de construção que a boca deve ter o dobro da área do buraco da chaminé, que deve ser bem alta para ter um bom "puxe" da fumaça evitando o desagradável "rebojo".
As churrasqueiras tipo "Parilla", são comuns no sul do Rio Grande, e padrão no Uruguai e Argentina de onde foram importadas.Utilizam grandes grelhas inclináveis, e fogo de lenha é feito ao lado ou no fundo, e vai se puxando a brasa para debaixo do assado. O fogo da lenha puxa a fumaça, eliminando o gosto da fumaça. Para experts.
As Facas são as principais coadjuvantes de um assador. Um assador que se preze tem de ter no mínimo uma boa faca, sempre afiada, muito afiada para se trabalhar um churrasco inteiro sem passar vergonha. A questão da melhor faca é um pouco pessoal, aço doce, aço de "Solingen", cabo de madeira, cabo de plástico branco, cada assador tem a sua predileção.
Tem de ter boa empunhadura, "lombo" que começa grosso e vai afinando (faca forjada), pois a maioria das facas de estamparia não são grande coisa. Uma faca média para uso geral deve ter entre 35 a 45 cm, mas é importante ter uma faca menor para limpeza e picação de temperos e uma grande, para grandes churrascos. A maioria dos assadores dedicados coleciona facas, até porque esse é um dos assuntos prediletos da rapaziada. E quando alguém aparece com faca, com propaganda estampada de posto de gasolina, a gozação é certa. Para guardar a faca manda-se fazer uma bainha de couro, que além de proteger a faca, permite ainda o transporte com segurança.
Explique para a sua cara metade e para a doméstica que a faca de assador da azar quando utilizada na cozinha!
Uma boa Pedra de Afiar e uma Chaira decente para "sentar" o fio das facas são imprescindíveis.
Os Espetos devem ser adequados à churrasqueira e se faz necessário que o assador tenha modelos variados, para todos os tipos de cortes e carnes.
A Taboa é o lugar em que se prepara, se corta e se serve a carne. Bom tamanho, madeira de lei e sempre muito bem lavada. Nada de tabuinhas de fórmica ou de plástico, que devem permanecer na cozinha. Um pedaço de uns 50/60 cm de uma taboa de polegada, madeira de lei, bem lixada é uma ótima pedida.
A Cesta Básica é usada para guardar e organizar os apetrechos do assador evitando que se misturem com as coisas da casa. Em casos de assado em clubes ou casa de parceiros, é indispensável! Eis o elenco principal de uma cesta básica:
Abridor multiuso, pano de mão, avental, caixa de fósforos (sempre some) e álcool.
Facas, chaira e pedra de afiar, garfão ou pegador tipo pinça.
Pote com farinha de mandioca, vidro com sal grosso e outro com sal fino, pimenta da boa e temperos do agrado de cada vivente.
Já dizia o velho "taura" Hibirá, sogro com um currículo de vários rebanhos assados. Óbvio? Não! Pouca gente cuida do fogo com a devida atenção. O carinho com as brasas é fundamental. Pode-se estragar carne maravilhosa com um fogo mal feito, mas com o braseiro certo já se salvou muita carne meia-boca. O fogo deve ser aceso com certa antecedência, para poder queimar o carvão, eliminando a fumaça inicial que deixa cheiro e gosto ruim na carne. O ideal é colocar a carne com as brasas bem acesas e com aquela camadinha de cinzas se formando.As carnes com o osso para baixo e a graxa para cima, devem iniciar, sendo assadas mais de longe, para irem baixando conforme vão se aprontando.
Um dos segredos do assador é saber regular essa distância para cada tipo de carne ou de corte. Carne muita perto do fogo "sapeca" fica queimada por fora e a crosta evita assar por dentro. Carne muito alta só cozinha e perde o gosto. Existem exceções para alguns tipos de carne. Mas é ai onde entra a prática e a observação.
Uma das dicas para a altura certa, é o barulhinho da graxa pingando no fogo "tchiii, tchiii, tchii..." se estiver muito perto vai levantar labareda e queimar a carne. Muito alta, o ritmo do pingar fica lerdo anunciando que temos pouco fogo. Se levantar labareda é sinal que a carne está muito próxima do fogo. Nada de cometer a asneira de jogar água, colocar latinhas e outros derivados.
Tem é que levantar a carne ou tirar carvão da churrasqueira. Por isso (e por outras) que churrasqueira de camping não se presta
para assado de verdade. Não tem altura suficiente para se trabalhar. A categoria de assadores aflitos acha que têm de se ficar mexendo e cutucando o fogo o tempo inteiro. Quem tem de ser
manuseada, virada, levantada e abaixada é a carne.
O segredo de um churrasco tranqüilo é o de se fazer um bom fogo, quando o carvão (ou lenha) estiver todo em brasa, dar uma espalhada por toda a churrasqueira, para então se colocar a carne. A
fumaça que o carvão expele deixa a carne com gosto ruim. O melhor fogo é aquele em que se forma uma camada de cinza por cima do braseiro, impedindo a formação de labaredas (carne muito próxima!),
e mantendo um fogo parelho e consistente. Se faltar fogo ou chegar mais gente - muito comum -, não se sai atirando um saco de carvão com poeira e tudo sobre o fogo. Pegue os pedaços de carvão, e
com a mão, atire por cima do braseiro, devagar e sem muita bagunça.
Ingredientes:
1 ½ kg de patinho
2 colheres sopa de óleo
1 cebola picada
4 tomates sem pele e sem sementes picados
1 dente de alho esmagado com sal
1 kg de aipim
Modo de Preparo: Cortar em dados o patinho e refogar no óleo com a cebola, os tomates e o dente de alho. À parte, descascar e cortar a mandioca em dados, acrescentar na panela, misturando bem a
carne. Adicionar água sempre que necessário para que a mandioca fique no seu ponto ótimo de cocção.
Ingredientes:
um pedaço de carne fresca de boa polpa
azeite ou gordura
2 xícaras de arroz
cebola picadinha
sal a gosto
dente de alho picado
Modo de Preparo: Pica-se o pedaço de carne em forma de guisado, mas do tipo "engasga gato" a mão e grandote. Lava-se o arroz. Coloca-se no fogo uma panela com azeite ou gordura, se frita a cebola e o alho, depois de fritar a cebola e o alho é posto o guisado que deve fritar também. Colocar o arroz, que deve ser posto na panela seco (a água da lavada deve ser muito bem escorrido) mexer bem com o guisado frito, refogar por uns minutos, feito isto, por água até cobrir a mistura, tampar e deixar ferver. O sal é posto por último, de uma provadinha, baixe o fogo e é só esperar.
O Arroz de Alambrador é fácil de fazer e é um prato muito saboroso e apreciado quando servido meio molhadinho, como o carreteiro. Este prato pode ser acompanhado de uma couve refogada ou batata inglesa.
Ingredientes:
1
kg de charque em cubos
4 xícaras de arroz
2 cebolas médias
4 dentes de alho
2 colheres de banha
tempero verde
Modo
de Preparo:
1 - Deixar o charque de molho, trocando a água de vez em quando para tirar o sal
2 - Fritar na banha o charque, a cebola e o alho.
3 - Acrescentar o arroz, fritar e despejar água o bastante para o cozimento.
4 - Provar o sal, se necessário acrescentar a gosto
5 - Colocar o tempero verde depois que o arroz estiver pronto
Ingredientes:
1 kg de linguiça
4 xícaras de arroz
2 cebolas médias
4 dentes de alho
2 colheres de banha
tempero verde
sal a gosto
Modo de Preparo: Fritar na banha a linguiça, a cebola e o alho, até dourarem. Adicionar o arroz e o sal, fritar bem, despejar água o suficiente para o cozimento. Acrescentar o tempero verde depois que desligar o fogo.
Ingredientes:
1 litro de leite
6 ovos inteiros
3 xícaras de açúcar
2 colheres de sopa
cravo e canela
Modo de Preparo: Bater no liquidificador os ovos por cerca de 2 minutos. Acrescentar o leite e bater mais um pouco. Colocar esta mistura em uma panela, acrescentar o açúcar e mexer até dissolvê-lo bem. Adicionar o cravo e a canela, não mexer mais. Despejar o suco de limão, e levar ao fogo baixo, sem mexer, até que os grumos se formem. Estará pronto quando ficar com a cor dourada. (cerca de 3 horas)
Ingredientes:
4 xícaras de água
2 xícaras de arroz
2 xícaras de açúcar
1 litro de leite
1 colher de manteiga
canela em pau e canela em pó para polvilhar
Modo de Preparo: Levar ao fogo em uma panela a água e a canela em pau até ferver. Acrescentar o arroz e deixar cozinhar até quase secar. Em outro recipiente colocar o leite a manteiga e o açúcar, levar ao fogo até ferver. Quando o arroz estiver quase seco, acrescentar o leite fervendo, mexer bem. Estará pronto quando o arroz estiver bem macio. (cerca de 30 minutos). Pode-se acrescentar a esta receita depois de desligar o fogo: 1 lata de leite condensado, ou 1 vidro de leite de coco, ou 100 g de coco ralado, conforme o gosto de cada um.
Ingredientes:
8 bifes médios
200 g de toicinho
4 dentes de alho
1 pitada de pimenta do reino
1 colher sopa de massa de tomate
Modo de Preparo:
Esmague os alhos e misture vem com o sal, pimenta do reino e o suco de limão. Tempere os bifes e deixe descansar por 1 hora.
Corte o toicinho em tiras finas. Coloque 1 ou 2 tiras de toicinho em um bife e enrole, prendendo com um palito espetado. Ponha os bifes a fritar em gordura quente, e coloque 1 colher de massa de
tomate diluída em meio copo de água, misture e deixe ferver por mais 5 minutos.
Ingredientes (6
pessoas)
2 kg espinhaço
2 kg batata Inglesa
1 xícara de sumo de limão
3 cebolas
4 tomates
2 dentes de alho e manjerona
Modo de Preparo: Cortar o espinhaço nas juntas temperá-lo com sal, pimenta e limão e fritá-lo em banha bem quente. Quando estiver bem frito acrescentar a cebola, o alho, os tomates e a manjerona, misturando bem. Adicionar um pouquinho de água, para não grudar e, quando ferver, acrescentar as batatas cortadas em cubos. Colocar água suficiente para cobrir as batatas, tampar a panela e cozinhar uns 10 minutos. Verificar o sal, acrescentando mais se necessário e cozinhar mais 30 minutos, aproximadamente.
Ingredientes (8 pessoas)
1 kg de feijão branco
½ kg de camarão
2 ovos cozidos
1 molho de temperinho verde
1 molho de manjerona
4 c. sopa de banha ou 6 colheres de sopa de óleo
1 c. sopa de extrato de tomate
3 cebolas
2 tomates
3 dentes de alho
pimenta-do-reino
2 limões e sal a gosto
Modo de Preparo: Escolher o feijão e deixar de molho de um dia para outro. Botar a cozinhar na mesma água em que ficou de molho. Se o camarão for salgado, lavar em várias águas para tirar o sal; se for congelado, deixar descongelar antes de usar. Temperar o camarão com alho socado com um pouco de sal e o sumo de limões. Deixar um pouco neste tempero.
Refogar na gordura bem quente a cebola, o tomate sem a pele, a manjerona, tudo bem picado, uma pitada de pimenta-do-reino e o extrato de tomate. Depois de bem refogado, acrescentar o camarão e deixar cozinhar uns 5 minutos. Quando o feijão estiver pronto, misturar nele o camarão refogado.
Deixar ferver somente uns 3 minutos para não desmanchar os camarões. Acrescentar os ovos cozidos e os temperinhos picados. Provar o sal. O temperinho e os ovos picados poderão ser servidos separadamente. Acompanha arroz branco.
Ingredientes:
3 rins de boi limpos e picados
6 batatas inglesas médias
2 cebolas
1/2 pimentão
vermelho
3 dentes de alho e tempero verde
2 limões
pimenta-do-reino
4 tomates sem pele
Sal a gosto
Modo de Preparo: Limpar bem os rins, separando os lóbulos e retirando as partes brancas do meio, deixando só a carne dos lóbulos. Corte em cubos ou em guisado grande. Antes de cortar o guisado, esfregue os limões para ajudar a limpar. Corte as cebolas, o pimetão, o alho e os tomates em picadinho bem miúdo e ponha a fritar. Quando estiver no ponto, junte o guisado de rim, o sal e a pimenta do reino a gosto. Quando estiver frito, coloque as batatas cortadas em cubos e acrescente mais um dedo de água quente. Corrija o sal e deixe ferver por 20 minutos.
Ingredientes (6
pax)
1 kg matambre
sal e pimenta
alho e cebola
guisado, bacon ou linguiça fatiada para o recheio
Modo de Preparo: Bater com vontade para que o matambre amoleça. Colocar numa panela com sal, alho, pimenta e cebola cortada em rodelas para ferver por 40 minutos. Deixar esfriar, abrir o matambre e espalhar o guisado, bacon ou as fatias de linguiça. Enrolar o matambre cuidadosamente para que o recheio fique bem distribuído. Levar ao fogo numa panela com um pouco de gordura para fritar, virando o matambre enrolado para dourar parelho de todos os lados. Depois, adicionar um pouco de água para cozinhar. Tampar a panela e, de 10 em 10 minutos, verificar o cozimento, que deverá se completar em 40 minutos aproximadamente.
Ingredientes (8 pessoas)
4 patas muito bem lavadas
1 coalheira
2 kg de mondongo
1 tripa grossa
½ kg de linguiça
1 kg de feijão branco
2 c. sopa de óleo
2 cebolas
4 tomates
Temperos
1 dente de alho
ovos duros picados
Modo de Preparo: Colocar as carnes a ferver (de véspera), em água fria, com todos os temperos, até despegar o osso das patas. Deixar de véspera também, uma ou duas xícaras de feijão branco de
molho. Cozinhar o feijão e reservar. Fazer um refogado com cebolas, tomates, alho, louro, salsa, cebolinha, e aí refogar os miúdos picados e a linguiça em pedaços. Acrescentar a água em que foram
aferventados e deixar ferver bastante. Meia hora antes de servir, juntar o feijão branco.
Enfeitar o mocotó com ovos duros e tempero verde picado.
Ingredientes:
7 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de água ou leite quente
1 c. sopa rasa de sal
2 c. sopa de gordura vegetal
1 c. sopa de açúcar
30 g de fermento biológico
Modo
de Preparo:
1. Dissolver o fermento e o açúcar em ½ xícara de água ou leite. Deixar descansar por 5 minutos.
2. Misture bem os demais ingredientes e junte a massa de fermento.
3. Amasse bem e sove a massa até ficar bem lisa e macia.
4. Coloque-a numa vasilha, cubra e deixe crescer por aproximadamente 2 horas em lugar livre de correntes de ar.
5. Abaixe a massa e sove mais um pouco.
6. Deixe crescer por mais ½ hora.
7. Divida a massa em pães, coloque em assadeira untada e deixe crescer novamente até dobrar de volume.
8. Leve ao forno quente por aproximadamente 40 minutos até os pães estarem corados
Ingredientes:
1 kg de farinha de trigo
3 ovos
1 c. sopa de açúcar
1 xícara de óleo de soja
50 g de fermento biológico fresco
quanto baste de sal
Modo de Preparo: Dissolva o fermento no açúcar, acrescente a água morna, mexa bem e incorpore o sal, a manteiga e o ovo. Despeje a farinha peneirada aos poucos. Esta massa fica meio mole. Trabalhe bem a massa e coloque para descansar até dobrar de volume. Fure a massa para abaixar, trabalhe um pouco e modele os pães, deixe dobrar de volume e asse em forno quente até dourar.
Ingredientes:
500 ml de água morno
1 kg de farinha de trigo
1 ovo
20 g de fermento biológico fresco
2 colheres sopa de manteiga
2 colheres sopa de açúcar
1 colher sopa de sal
Modo de Preparo: Dissolva o fermento no açúcar, acrescente a água morna, mexa bem e incorpore o sal, a manteiga e o ovo. Despeje a farinha peneirada aos poucos. Esta massa fica meio mole. Trabalhe bem a massa e coloque para descansar até dobrar de volume. Fure a massa para abaixar, trabalhe um pouco e modele os pães, deixe dobrar de volume e asse em forno quente até dourar.
Ingredientes:
30 g de fermento biológico
1/3 de xícara de água morna
3 c. sopa de açúcar
1 ½ xícaras de leite
3 c. sopa de manteiga
1 c. chá de sal
farinha de trigo até dar o ponto (aproximadamente 800 gramas)
Modo de
Preparo:
Aqueça a água até no máximo 40°C. Dissolva o fermento e 1 colher do açúcar. Em uma vasilha grande, coloque a manteiga, o resto do açúcar e o sal. Adicione o leite bem quente e dissolva tudo. Espere amornar. Adicione o fermento dissolvido e misture. Vá acrescentando a farinha previamente peneirada aos poucos, misturando sempre com a colher de pau até não dar mais. Então vire a massa em uma superfície lisa, limpa e enfarinhada e amasse, acrescentando farinha até massa parar de grudar nos dedos. Deve ser uma massa elástica e homogênea. Então amasse por mais 10 minutos.
Ponha a massa em uma tigela untada, cubra com um pano e deixe descansar por 1 a 2 horas (a massa deve dobrar de volume). Depois disso amasse um pouco e enrole os pães (essa receita dá 2 pães grandes). Deixe descansar por metade do tempo de crescimento anterior. Asse em forno médio a 200 °C por 40 minutos.
Ingredientes:
200 g de linguiça
1 c. sopa de óleo
1 dente de alho
80 g de tomate sem pele e sem sementes (usei 3 tomates enlatados)
1/2 cebola
1/2 pimentão vermelho e 1/2 pimentão verde
1 pimenta dedo de moça
1 ovo
cebolinha e salsa fresca q.b.
1 c. sopa água quente
50 g de farinha de mandioca q.b.
Modo de preparo:
Retire a pele da linguiça e esfarele. Aqueça o azeite e frite a linguiça. Junte o dente de alho picado e frite mais um pouco. Acrescente o tomate, o pimentão, a cebola em cubos pequenos e a pimenta dedo de moça picada. Refogue bem todos os ingredientes, baixe o fogo, coloque um ovo no meio da farofa, pingue em cima a colher de água quente e tampe a frigideira. Quando o ovo estiver quase cozido, mexa devagar para agregar o ovo à farofa. Junte cebolinha e salsau fresca picada e só quando estiver morna junte a farinha de mandioica suficiente para dar liga à farofa, sem perder a humidade.
Ingredientes (6 pax)
1 rabada inteira
½ cebola picada
3 dentes de alho esmagados
1 pimentão picado
½ kg batata ou aipim
4 tomates sem pele e sem sementes picados
Louro
Modo de preparo: Numa panela de ferro bem quente, com 6 colheres de óleo ou banha já fervendo, colocar a rabada cortada em pedaços junto com a cebola para fritar bem. Colocar um pouco de água se necessário para não queimar. Acrescentar o alho, o pimentão, os tomates e o louro, deixando cozinhar por alguns minutos. Quando o molho começar a ficar homogêneo, acrescentar o aipim (ou batata) cortado em cubos, um pouco de água, e tampar a panela. Abrir de vez em quando para mexer, cuidando para o molho reduzir muito antes da rabada ou do aipim cozinhar bem. Anotações i - deve ser servido com arroz branco e uma salada verde. Ii - nesta e em outras receitas quando se fala em panela bem quente, é uma panela de ferro (ou de alumínio fundido) que fica no mínimo 15 minutos no fogo ou sobre a chapa do fogão.
Ingredientes:
700 g de pescoço de cordeiro
100 g de tomate
25 g de cebola
17 g de sal
25 g de pimentão
manjerona e salsa a gosto
300 g de batata inglesa
30 g de óleo
200 g de arroz
1 dente de alho e 1 folha de louro
7 xícaras de água
Modo de Preparo: Para o preparo da sopa deve-se cortar o pescoço de cordeiro ao comprido e depois em porções correspondentes a cada vértebra. Socar o sal, alho e a manjerona passar na carne e deixar em repouso por 15 minutos. Picar o tomate, a cebola e o pimentão. Colocar óleo na panela e refogar com estes temperos. Colocar então a carne, deixando-a fritar por 20 minutos. Adicionar as batatas e água, deixando ferver por 15 minutos. Pôr o arroz e deixar ferver por mais 25 minutos. No momento de servir espalhar salsa picada. Estas quantidades são o suficiente para 6 pessoas.
Ingredientes (10
pessoas)
15 kg de terneiro, ou na falta deste vitela
2 kg de farinha de milho fina
4 cebolas médias
½ kg de tomate
1 pimentão
4 dentes de alho
pimenta verde
1 molho de tempero verde
Modo de preparo: Cozinhar em água e sal o terneiro ou vitela, cortado em pedaços médios. Depois de bem cozidos, desfiar toda a carne. Cortar a cebola, o tomate, o pimentão, o alho e a pimenta em guisado bem miúdo e fritar. Depois dos temperos fritos colocar a carne desfiada, misturando bem, até chegar ao "ponto". Acrescentar um pouco de água até a carne ficar "molhada". Colocar, logo após, tempero verde picado, engrossando com a farinha de milho. Servir com arroz branco, feijão e saladas verdes.
Ingredientes (6 pax)
1 pedaço de tatu (lagarto)
1 xícara de cebola picada
1 xícara de cerveja
200 g copa ou salamito
sal e pimenta
Modo de Preparo:
Colocar o tatu de véspera num tempero de cebolas cortadas, cerveja, pimenta e sal. Não furar a carne para não sair o suco, pois o tatu pode ficar muito seco depois. Numa panela de ferro bem quente, dourar as cebolas e colocar o tatu para fritar bem, de todos os lados, colocando um pouco de água, se necessário, para que a carne não queime.
Acrescentar a copa ou salamito em fatias fininhas para fritar rapidamente, e em seguida o tempero em que o tatu ficou de molho na véspera, completando com um pouco de água. Tampar panela e deixar cozinhar. De dez em dez minutos dar uma mexida para virar a carne e revolver o molho. É importante não deixar a carne grudar no fundo da panela. Quando a carne estiver no ponto ideal e o molho reduzido, retire da panela e corte em fatias. O tatu é a forma de chamar a parte do boi denominada lagarto em outros lugares. Este prato tem na massa um acompanhamento ideal.
Pode-se fazer render o molho com um pouco de água, engrossando com uma colher de farinha de trigo, utilizando-o para cobrir a massa. O tatu geralmente é vendido em pedaços inteiros. Não custa lembrar que o tatu pequeno é de boi mais jovem, muito mais macio. Quando o tatu estiver duro, prolongue o cozimento, tendo o cuidado de acrescentar água para não secar o molho.
Ingredientes:
1 moranga
3 xícaras de açúcar
2 unidades de canela em pau
8 dentes de cravo
500 ml de água
Modo de fazer:
Lave bem a casca da moranga. Corte o fruto em gomos (se preferir menor, divida os gomos em dois), tirando as sementes e o bagaço. Reserve.
Em uma panela (preferencialmente de ferro) de fundo largo, coloque o açúcar para caramelizar, mexendo de vez em quando para não grudar. Quando estiver em ponto de calda, adicione a água aos poucos, mexendo sempre e cuidando para o açúcar não virar "bala".
Com a calda pronta, adicione os pedaços de moranga, com as cascas viradas para baixo, e, também, a canela e o cravo. Deixe cozinhar por cerca de 35 a 40 minutos, em fogo médio, mexendo de vez em quando.
E é só comer! Se preferir, o cozimento pode ser menor, deixando a calda menos grossa e mais líquida. Quanto maior o tempo de fogo, mais ponto de doce a moranga vai pegando e, claro, mais escuros ficarão os pedaços. Dá para comer quente ou fria, as duas formas ficam bastante gostosas. Conservando na geladeira, o prato dura por vários dias sem perder o sabor.
Outra forma de fazer é cozinhar o mogango desde o início direto no açúcar, pingando a água aos poucos para dar ponto. As duas formas são bastante fáceis e simples e, o resultado, é muito bom! A receita de hoje rende bastante, cerca de 20 pedaços bem servidos
Ingredientes:
sobras de feijão preto
cebola
pimentão
salsinha picada
farinha de mandioca
Modo de Preparo: O feijão mexido é um prato feito com as sobras do feijão. Numa panela, doure a cebola e o pimentão. Se quiser, pode acrescentar pimenta verde bem picadinha. Acrescente as sobras de feijão e misture bem, até esquentar. Depois, retire a panela do fogo e misture lentamente a farinha de mandioca, até engrossar o feijão. Tampe a panela e leve ao fogo por mais 10 minutos, mexendo de vez em quando. Salpique com salsinha.
Ingredientes (5 pessoas)
Para a abóbora
1 kg de abóbora limpa
100 g de cebola picada
1 pimenta dedo de moça
70 g de manteiga
2 xícaras de caldo de carne
1 c. sopa de amido de milho
Para a carne seca
500 g de carne seca
100g de bacon
100 g de cebola picada
100 g de tomate picado sem pele e semente
2 dentes de alho picado
70g de manteiga
1 xícara de caldo da carne seca
½ xícara de salsinha picada
Modo de preparo:
Abóbora: Pique a abóbora e a cebola em cubinhos de 1cm, tire as sementes da pimenta e pique. Refogue na manteiga a pimenta e a cebola, até ficar transparente. Junte a abóbora e o caldo. Cozinhe até ficar mole o suficiente para transformar metade em purê, deixando a outra metade em cubinhos. Acrescente o amido.
Carne-seca: Corte a carne-seca em quadrados de 5cm, trocando a água quantas vezes necessitar, e cozinhe. Reserve uma xícara do caldo. Desfie a carne. Pique bem o bacon e refogue na manteiga até dourar, então acrescente a cebola e o alho. Quando estiverem refogados, junte a carne seca, o tomate e o caldo reservado. Deixe evaporar. Junte o purê e a salsinha.
Algumas fontes relatam que o suculento prato nasceu durante a Idade Média, no Norte de Portugal, e foi adaptado aos ingredientes brasileiros, na vinda dos colonizadores.
Outros acreditam que este guisado de feijão com carne foi uma invenção dos escravos, que recebiam as partes menos nobres dos porcos e misturavam ao grão - uma explicação, porém, errônea.
Ao contrário do que muitos pensam a feijoada não tem origem nos escravos. Ao longo de muito tempo, passou por diversas adaptações até chegar no que conhecemos hoje. Seu preparo foi influenciado pelas técnicas dos cozidos europeus aliados com ingredientes africanos. Portanto, nada mais é do que um prato multicultural, assim como o Brasil - explica o professor de Gastronomia do Senac/SC Henrique Cortat.
No livro Farinha, Feijão e Carne-Seca - Um Tripé Culinário no Brasil Colônia, Paula Pinto e Silva acrescenta que cabeça, rabos e patas eram iguarias disputadas até na mesa dos senhores da época.
Ingredientes:
400 g de charque
400 g de costela de porco defumada
1 pé de porco salgado
1 rabo de porco salgado
200 g de orelha de porco salgada
300 g de lombo de porco salgado
2 paios
250 g de linguiça de porco grossa
100 g de bacon
1 kg de feijão preto
3 folhas de louro
1 limão
400 g de cebola bem picadinha
200 g de alho picado
1 xícara de óleo
Modo de preparo: Lave bem as carnes salgadas, tirando o excesso de gordura. Deixe de molho em água fria de um dia para o outro, trocando a água pelo menos duas vezes. Escolha e lave o feijão, e coloque de molho por cerca de 6h, para deixá-lo mais macio. Ferva as carnes salgadas por cerca de 20min, para retirar o excesso de gordura. Ferva o pé e o rabo, separadamente, com o limão partido ao meio. Coloque o feijão para cozinhar, junto com as folhas de louro e as carnes. Acrescente água quente sempre que necessário, tendo o cuidado de manter as carnes completamente cobertas pelo caldo. À parte, aqueça um fio de azeite e refogue a cebola e o alho. Quando os grãos de feijão estiverem macios, acrescente o refogado de cebola e alho e tempere a gosto. Retire uma concha cheia de grãos e amasse com o garfo até obter uma pasta e volte a juntar à feijoada, deixando cozinhar mais um pouco.